14 de fevereiro de 2017

Imagens que contam a história de Cruz Alta

Casa dos Costa - Imagem:Reprodução
Hoje eu vou falar de um projeto muito legal que existe aqui na minha cidade e que se chama "Projeto Nossa Velha - Nova Cruz Alta". Trata-se da história de Cruz Alta contada através de imagens, que mostram o passado e o presente da cidade através de fotografias.

Esse projeto teve início em 2007, quando o médico Alfredo Roeber recebeu por e-mail de um amigo cerca de trinta fotos, a maioria da década de 1940. "Foi o que bastou para ativar meu até então pouco expressivo, diria até quase desconhecido, lado saudoso e, até certo ponto, nostálgico. Imediatamente, olhando aquelas fotos, mesmo nascendo muitos anos após elas serem tiradas, imaginei como estivesse naquele tempo, caminhando naquelas aparentemente abandonadas ruas da cidade, uma calmaria inimaginável nos tempos atuais". Alfredo começou a comparar as imagens de Cruz Alta do passado com a do presente e então começou a fotografar a cidade nos mesmos locais e nos mesmos ângulos das fotografias do passado. A partir daí, esse projeto, que era restrito a poucos amigos, foi crescendo graças a divulgação através da internet.
O projeto pode ser visto através de apresentações no power point AQUI.

A Casa dos Costa
Casa dos Costa -Imagem: Reprodução
Cruz Alta é uma cidade antiga e tinha muitas casas lindas que desapareceram para dar lugar a prédios sem graça. É o caso da Casa dos Costa, que povoa a minha infância e a minha adolescência. Ela foi demolida para dar lugar ao prédio do Banco Itaú.

Cada vez que passava na frente daquela casa ficava admirada com a beleza dos detalhes. Eu sempre imaginava que alguém, algum dia, se encantaria com a casa e a restauraria. Mas isso não aconteceu, ela foi demolida. Quase chorei quando soube da notícia. Nunca entrei dentro daquela casa, mas sinto que ela tinha muitas histórias... Para os padrões da época em que foi construída era uma casa refinada e de muito valor arquitetônico, Era linda, cheia de detalhes típicos das casas antigas das pessoas de mais posses, talvez com influência da arquitetura europeia. Eu imaginava um pé direito muito alto da casa...Adoraria ter visto a cidade através daquelas sacadas lindas. Então, esses projetos que resgatam a história de uma cidade através de fotografias de prédios e casas que não existem mais, são muito importantes, porque elas são parte da nossa memória afetiva.
Imagem: Reprodução

O sobrado dos Verissimo
Imagem: Reprodução
Esse lindo sobrado era do avô do escritor Erico Verissimo e é mais um prédio de valor incalculável para a cultura que veio abaixo. Foi demolido e em seu lugar foi construído o prédio do banco Sicredi.

Muitas e muitas vezes passei na frente desse prédio e o achava lindo (sou apaixonada por prédios antigos). Aqueles detalhes da arquitetura, as sacadas, o capricho da construção, em tudo ele remetia a um passado que não existia mais, mas que estava presente nas paredes daquele prédio. Infelizmente agora ele está presente apenas nas fotografias e na nossa memória afetiva.
Imagens: Reprodução
A casarão dos Viecili
Imagem: Reprodução
Essa casa tem muito valor para mim por várias razões, ela fica na esquina da minha rua, é muito antiga e foi construída em 1923 para ser uma para ser uma hospedagem para tropeiros. Foi também uma escola, onde estudei os anos iniciais.
A casa dos Viecili vista da minha rua.
Há muitos anos, o local onde está a minha casa era uma lagoa, que foi chamada de "Lagoa do Cemitério". Infelizmente, um prefeito da cidade mandou drenar a lagoa na década de 1940 para construir casas (a minha é uma delas). 
Imagens da lagoa (não consta a data)
Imagens:Reprodução
Diferenças entre lago e lagoa
Segundo os geólogos a diferença entre lago e lagoa está no tamanho. As lagoas, como é o caso da que existia em Cruz Alta, são menores. As lagoas costumam ser resultado de fenômenos localizados.
A Lagoa dos Patos é considerada uma laguna, porque se comunica com o mar. Já as lagoas Mirim e Mangueira podem ser considerados lagos devido à sua extensão.
(Mundo Estranho e Mundo Educação)

Mais sobre o assunto:
Cadê a lagoa que havia aqui?

Fontes:
http://www.unimedplanaltocentralrs.com.br/cruz-alta/
http://cruzaltino.blogspot.com.br/2010/12/lenda-da-lagoa-do-cemiterio.html

6 comentários:

  1. Será q alguém tem fotos do jardim da casa dos Costa???? e da estaão rodoviaria quando era na Total??? Fiquei sabendo que a mansão do Dr. Carlos Schimidt virou ruínas.... que tristeza....

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    1. Olá Ricardo!!! As imagens que achei na internet foram da fachada da casa dos Costa. Você conheceu o jardim? Eu só lembro da fachada, porque eu passava muitas vezes por ali e achava aquela casa era linda, mesmo estando velha e sem nenhum cuidado.
      Em relação a mansão do Dr. Schimidt tenho que dar uma pesquisada para saber mais sobre ela. Sim, é muito triste quando essas casas que são patrimônio cultural da cidade são destruídas...
      Obrigada pela participação e visita ao blog! Sinta-se sempre bem-vindo!!!

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  2. Eu morei um tempo no casarão viecili na década de 80, qdo era moradia de pacientes em tratamento no hospital Santa Lúcia.

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    1. Olá amigo(a)! Obrigada pelo comentário por nos contar que o casarão dos Viecili fez parte da tua vida. O casarão também fez parte da minha vida, eu fui estudante dos anos iniciais quando foi uma escolinha...

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  3. Eu morei na Av Gen Câmara e depois mudamos para a Voluntários da Pátria esquina com a João Manoel e passei milhares de vezes pelo Casarão dos Costas, tive a oportunidade de entrar dentro dela, por uma porta lateral que apodreceu, era toda mobiliada, prataria, louças, porcelanas, cristais, luminárias, jornais empilhados. Paredes de mais de um metro de largura, moveis lindos era de arrepiar dentro. Uma lastima ter sido destruída pelo dono que arrematou no leilão na epoca. Muitas lendas sobre o casarão. Virou um empreendimento mobiliário.

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    1. Olá Paulo! Obrigada pelo teu depoimento sobre o casarão dos Costas. Gostaria muito de ter tido a oportunidade de conhecer. Infelizmente, uma parte importante da história de Cruz Alta se foi para sempre...

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"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa